terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desabafo

Por quê? Gostaria muito que fosse mais fácil... que aparecesse só o que precisa aparecer... que o acaso não me atravessasse nem uma vez na rua... embora tantas vezes o que não é acaso pode ser tão doloroso... na verdade, muito mais doloroso... por que nada é certo, estável ou pra sempre? Apesar de a cada dia mais aceditar nisso e querer mesmo aceitar, a verdade é que ainda gostaria de encontrar a segurança...

Será que vou continuar o resto da vida nesta busca? Sofrendo pela certeza de que nunca vou encontrá-la... talvez porque não deva... talvez porque deva aprender a perder... aceitar que momentos não se repetem... outros vêm, bons também, mas sempre diferentes... e as vezes tantas expectativas só pioram tudo...

Esta mania de querer que tudo se resolva logo, preto no branco, vai ou racha... preciso aprender a ter leveza... a esperar a vida acontecer diante dos meus olhos e parar de correr atrás dela como se ela estivesse fugindo... como se tudo pudesse acabar amanhã... e pode mesmo, provavelmente vai, mas e daí? Preciso conseguir me fazer esta perguntar e rir...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Viagem...

Um mundo de possibilidades, mas principalmente um mundo de pessoas abertas para a vida...

Pessoas que tem muito a ensinar porque vivem no presente, uma coisa de cada vez, e sabem que tem muito o que aprender...

A idade não importa... Os fracassos? Também não! Se tudo tivesse dado "certo", o presente não seria o que é... e tanta coisa não estaria acontecendo...

As provas de que o acaso nunca o é se acumulam na minha vida e me enchem de felicidade... pessoas ímpares sempre ensinando e aprendendo umas com as outras

Ah... tenho tanto a prender também... e tanto tenho aprendido... 

Devo registrar aqui uma pergunta que significativamente mudou tudo mais uma vez... "Por que precisa doer tanto?" A sensação que ela me trouxe foi como de um choque... de repente olhei para o presente e a resposta veio imediata... "Não precisa"

Se as lições são o importante e consegue identificá-las, põe em prática! Assim, um dia após o outro...

Acho que agora me aceitei mais humana...

Senti um peso enorme sair dos meus ombros, a névoa descobrir os meus olhos e o sorriso voltar aos meus lábios... preciso honrar a mim mesma e mudar o que não está bom

Tenho força pra isso... além do mais ainda não posso entender tudo que acontece, mas quem pode?

Tudo está mostrando o que deve ser aprendido... sem dúvida a minha percepção está aguçada para as lições, mas eu ainda não preciso tirar um 10, por enquanto posso me contentar com um sete...  = )

terça-feira, 22 de março de 2011

Deixando pra trás...

Me sinto tão feliz! Tenho mesmo muito a escrever, mas hoje vou me limitar a escrever isso! Pois resume a essência do meu presente... expandindo! Como é bom sentir a leveza... a divindade dentro de mim! Viver cada dia, acrescentando a cada momento... quero refletir sobre cada experiência, agradecendo por cada oportunidade!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Reencontro


Achei que já tinha escrito um texto com este título aqui no blog, procurei e não achei...

Então pensei, e me lembrei que por várias vezes adiei...

Adiei, pois estava tão perdida que não sabia quem reencontrar

Seria talvez, ao invés, um novo encontro?

Afinal, tudo era novo...


Enfim, encontro-me... Nova, novamente!

Melhor certamente!

A transformação vem como eu já sabia que seria...

Resultado da expansão! Da maior compreensão

A dor cede lugar ao amor.


Estou gostando de quem estou me tornando...

Continuo autora da minha própria história

Na qual, novos afetos participam do banquete da minha vida!

Perdoei-me! E percebi que estou além...

Compreendi o que é o desapego voluntário

E o quanto ele nos faz mesmo crescer...

Quero amar cada dia mais... Este amor inteligente

Que me torna mais humana, mais humilde, mais serena e mais feliz!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que assim sejam...

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e serios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade”´e uma ilusão imbecil e estéril.”
Oscar Wilde

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amor Feinho


Eu quero amor feinho.
 
Amor feinho não olha um pro outro.
 
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
 
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
 
E filhos tem os quantos haja.
 
Tudo que não fala, faz.
 
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
 
Amor feinho é bom porque não fica velho.
 
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:eu sou homem você é mulher.
 
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

Adélia Prado

sábado, 8 de janeiro de 2011

Apagar


Apagar... “Escolha” plausível?

É possível “esquecer que este cara existiu na sua vida”?

Porque este é o conselho da maioria?

Talvez, o que você também me daria

Mas na minha loucura, não faz sentido algum

O que não é bom para mim?

Talvez um dia você perca o medo e se engrandeça

Encontre ao menos algumas palavras e enobreça

Talvez eu esteja além da sua compreensão

E suas palavras, se libertas hoje fossem, não 
encontrariam em mim ressonância

E talvez, você simplesmente saiba disso...

 


Ressonância



Senso comum. O que vem a ser isso afinal?

Não compreendo, o que acho bom no final.

Sumir para desconstruir, ou encarar a realidade para transformar?

Escolho sempre a segunda opção...

Não me esquivo às verdades

O que digo e faço são o que sou... 

Desde o início transparente

Há anos, ouvi isso de alguém não tão próximo assim

Mas só agora posso compreender, me entender

Mas não penso em tentar me esconder

Na verdade, ainda estou refletindo sobre o que fazer

Só sei que cansei de falsas verdades e superficialidade

Esta que infelizmente domina nosso mundo

E sigo na busca, agora intencional

Por sentido, sensibilidade, humanidade

Sinto-me confortada por não estar sozinha nesta jornada         

Encontrei raridades. Por magnetismo, afinidade?

Talvez um acordo pré-selado, em que me dôo e me sustento

Desejo encontrá-las mais e mais...