(M) EU AMOR...

Conceito de amor...?

Convenci-me que um único não há...

Pra cada um, o que aprendeu a desejar.

Ninguém duvidaria ao ver-me sorrir, meu mundo a mudar...?

Mas era o mundo MEU.

E não havia como, você não estava lá

E não haveria mesmo...

Pois não há nada, de cada mais particular.

 

O seu era amor? 

Não sei... Nunca saberei

 

Só sei que EU amei...

Unidade...

Só pra variar... conflitos... minhas batalhas internas parecem mais difíceis que qualquer situação com a qual possa me deparar...


Tantas, tantas dúvidas! Sobre as pessoas, sobre mim mesma...


É tão estranho se sentir de um modo e pouco tempo depois esquecer até como foi a sensação...


As vezes nem me reconheço... ou pareço esquecer uma parte de mim... são tantas! Agora, elas me assustam menos... e tento a todo tempo promover que façam as pazes... embora as vezes isso parece inconciliável...


Estranho... será que dá para compreender? Tento dar uma chance... a elas.. a todas... não espero que nenhuma se sobressaia, apenas que se entendem, se conciliem... e que juntas encontrem a integridade...


Há uma parte que desde ontem voltou a chorar... emotiva...torce para que resista a tanta turbulência... ela ainda tem desejos que as outras deixaram pra trás... sonha com as ilusões que para as outras de certo não existem...


Outra tenta... dá uma chance para experienciar... cada dia uma novidade... um novo encontro... uma nova personalidade... e se esforça para conhecer, aceitar, se encantar com a diversidade que se apresenta diante de si... 


Há também aquela parte impulsiva (esta que ouvi quase como uma "acusação" de minha personalidade recentemente)... "que não mede muito as consequências", diriam as outras, mas que na verdade apenas perdeu o medo de ser julgada, e na sua intensidade mostra inteiramente o que sente...


A primeira as vezes, quer reclusão... as vezes quer fugir... para longe, bem longe ou mesmo para dentro de si... o que para ela as vezes, parece o mais longe que pode ir... frequentemente se pergunta se vai resisitir e o que ainda a espera...


Enquanto isso a segunda lhe desautoriza e lhe lança em novos horizontes... como não há nehuma garantia, a primeira sente que será lançada à própria sorte e que de certo, poderá ferir-se, machucar-se muito...


Em meio a este conflito, a terceira muitas vezes "explode"... grita ao mundo e deixa de se importar com as reações... parece tão corajosa... diz tudo que pensa e quase sempre a interpretação de suas ações e sentimentos não corresponde ao que ela estava tentando demonstrar... as outras não entendem bem porque ela ainda age assim... mas ela sempre se defende dizendo que prefere isso não ser autêntica consigo mesma... 


E eu em meio a tudo isso, apenas desejo que elas não rompam... e ao mesmo tempo não se oprimam... que possam ser tudo isso, cada uma a seu modo, que se aceitem... e vivam todas suas experiências e sentimentos ao máximo... e ainda assim possam ser uma unidade... apenas humana! 

Conhecer...

É... constatando mesmo que para ser ouvida, preciso de ouvidos dispostos a ouvir...


Como é difícil encontrá-los...


Para conhecer o outro é preciso querer conhecê-lo... Por mais simples que isso possa parecer, hoje sei o quanto é complexo e difícil...

Afinal estamos sempre enxergando o outro pelas nossas próprias lentes... e provavelmente isso nunca deixará de ser verdade... mas compreendendo isso, me esforço para tentar ver pela outra lente...

Mas o outro precisa querer se fazer conhecer... se mostrar... ou algo neste sentido...

E isso também parece cada vez mais difícil...

Sinto o mundo com cada vez mais barreiras... as pessoas cada vez mais "protegidas", ou tentando se proteger...

O que está havendo conosco? O que está havendo como mundo?

Cada vez mais nos permitimos viver em função de nossos medos... perdendo a autenticidade... e a voz...

Ao mesmo tempo... fico feliz ao sentir que muitos estão insatisfeitos...

Embora a maioria não reconheça com o quê... o fato é que estão incomodados...

E assim também, me sinto menos só... ou sinto que, ao menos, minhas idéias tem companhia...

Tanto tesouro dentro cada um , de mim, de todos... e cada vez mais inacessível...

Seria tão bom poder partilhar-nos completamente! Será que algum dia será possível? Um movimento de retorno a simplicidade e ingenuidade... a infância...

Já me sinto capaz de aceitar os sentimentos... mas como fazer as pessoas enxergarem isso? Pois sei que não é um movimento a que muitos se dispõe...

Mas eu estou me dispondo... quero me dispor cada dia mais... e sofrer cada dia menos por isso...

Porque não é uma escolha fácil... de consequências muitas vezes imprevisíveis... muito menos uma atitude "simples"... mas honesta e por  isso desejo persegui-la...

Nâo posso me mostrar, se o outro não quiser ver-me...

Percebo que buscar alguém que queira nos enxergar talvez seja esforço em vão... algumas pessoas simplesmente não estão dispostas... outras estão sedentas... como eu...

Não sei se há algo que possa ser feito para encontrá-las... ou se simplesmente devo esperar elas sugirem em minha vida... porque todas em que consigo pensar... acabaram me sendo ofertadas assim...

Talvez este não seja o momento... talvez eu deva descansar um pouco...

Entretanto, a frase "O outro precisa merecer saber o que você pensa e sente", longe de ser de minha autoria... embora em certos momentos me conforte, também me agonia...

Porque mesmo olhando para os lados e enxergando estes outros... apesar de me sentir imensamente grata, infelizmente ainda não sinto ser suficiente...

"Bastar-me a mim mesma" me soa hoje como egoísmo... algum que sinto ter cultivado por muito tempo...

Talvez esteja confundindo tudo... quem sabe? A única coisa que sei é que hoje me sinto assim... 

     





 

Mais uma reflexão espontânea...

Abertura para reformulação constante de todos os conceitos?

A consciência de que o faço é recente... Bem recente... Nossa!

E às vezes penso que já está tão tarde... Cobro-me que já devia era estar bem preparada... (certamente reflexo de muitas cobranças exteriores que interiorizei há muito tempo...) Para seguir, para agir, ensinar, fazer escolhas... E percebo-me tão jovem e inexperiente...

Apenas despertando para o fato de que agora inicio o contato com elementos que me permitirão escolher e agir de uma forma melhor acredito... Deve ser este o meu despertar para uma nova vida... A minha de fato, aquela que quero e posso viver... A minha forma de contribuir com o mundo...

Tamanha a complexidade de tanta reflexão me parece, gostaria de poder compartilhá-la... Com alguém, na verdade com o mundo... Queria que o mundo pudesse ouvir os meus gritos silenciosos que no papel parecem soar tão baixo, mas que explodem em minha mente e meu coração... Pois faz parte da descoberta que também sou emoção... E quanto sou! E que a razão nem sempre, ou julgo agora, provavelmente nunca toma à frente para tomar decisões... A impressão é que sim... Era minha, ainda é da maioria a minha volta... Quanta ilusão! É bom vê-la se dissipar a minha volta! A cada dia mais...

É impossível portar-me alheia a tanto! É tanto porque sinto sufocar muitas vezes, sinto urgir! Como que algo querendo se mostrar, explodir... Uma percepção completamente nova de tudo... Da vida, do eu, dos outros, do todo...

E junto mais uma vez, surpreendo-me com minha própria escrita... Que de repente flui tão rapidamente que parece não ser minha... A vontade surge e de repente aí estão tantas palavras refletindo tanto sentir e pensar... Quero muito mostrar a alguém... Ao mundo... Aos outros... Ao todo... Não sei ainda ansiando o quê, mas certamente esperando por algo...

Como pode ser tão complexa uma mente... Tão agitada... Sinto-me temerosa desta que faz parte de mim e vive a me surpreender... Pois sinto (pois evito agora dizer que sei) quer me dizer algo, ou revelar-me talvez o meu eu adormecido... O que ainda não tenho alcance...

Mas apesar do medo, é pelo que mais anseio, mesmo com a certeza (por enquanto) de que o processo é longo e não posso nem lhe vislumbrar um final...

Desabafo

Por quê? Gostaria muito que fosse mais fácil... que aparecesse só o que precisa aparecer... que o acaso não me atravessasse nem uma vez na rua... embora tantas vezes o que não é acaso pode ser tão doloroso... na verdade, muito mais doloroso... por que nada é certo, estável ou pra sempre? Apesar de a cada dia mais aceditar nisso e querer mesmo aceitar, a verdade é que ainda gostaria de encontrar a segurança...

Será que vou continuar o resto da vida nesta busca? Sofrendo pela certeza de que nunca vou encontrá-la... talvez porque não deva... talvez porque deva aprender a perder... aceitar que momentos não se repetem... outros vêm, bons também, mas sempre diferentes... e as vezes tantas expectativas só pioram tudo...

Esta mania de querer que tudo se resolva logo, preto no branco, vai ou racha... preciso aprender a ter leveza... a esperar a vida acontecer diante dos meus olhos e parar de correr atrás dela como se ela estivesse fugindo... como se tudo pudesse acabar amanhã... e pode mesmo, provavelmente vai, mas e daí? Preciso conseguir me fazer esta perguntar e rir...

Viagem...

Um mundo de possibilidades, mas principalmente um mundo de pessoas abertas para a vida...

Pessoas que tem muito a ensinar porque vivem no presente, uma coisa de cada vez, e sabem que tem muito o que aprender...

A idade não importa... Os fracassos? Também não! Se tudo tivesse dado "certo", o presente não seria o que é... e tanta coisa não estaria acontecendo...

As provas de que o acaso nunca o é se acumulam na minha vida e me enchem de felicidade... pessoas ímpares sempre ensinando e aprendendo umas com as outras

Ah... tenho tanto a prender também... e tanto tenho aprendido... 

Devo registrar aqui uma pergunta que significativamente mudou tudo mais uma vez... "Por que precisa doer tanto?" A sensação que ela me trouxe foi como de um choque... de repente olhei para o presente e a resposta veio imediata... "Não precisa"

Se as lições são o importante e consegue identificá-las, põe em prática! Assim, um dia após o outro...

Acho que agora me aceitei mais humana...

Senti um peso enorme sair dos meus ombros, a névoa descobrir os meus olhos e o sorriso voltar aos meus lábios... preciso honrar a mim mesma e mudar o que não está bom

Tenho força pra isso... além do mais ainda não posso entender tudo que acontece, mas quem pode?

Tudo está mostrando o que deve ser aprendido... sem dúvida a minha percepção está aguçada para as lições, mas eu ainda não preciso tirar um 10, por enquanto posso me contentar com um sete...  = )

Deixando pra trás...

Me sinto tão feliz! Tenho mesmo muito a escrever, mas hoje vou me limitar a escrever isso! Pois resume a essência do meu presente... expandindo! Como é bom sentir a leveza... a divindade dentro de mim! Viver cada dia, acrescentando a cada momento... quero refletir sobre cada experiência, agradecendo por cada oportunidade!